sábado, 5 de abril de 2008

Um lugar fantástico...o parque!!

Por Alessandra Monteiro - Professora Do Terceiro Estágio Integral

Que lugar fantático é esse...

No parque acontecem aprendizagens que muitos olhares não percebem! Aliás quem vê as crianças correndo pra lá e pra cá, talvez nem se dê conta de tudo o que acontece ali, então vamos por partes, certo?

Olhe uma criança brincando com areia. Bom, pra começar você não verá só uma criança brincando, mas o legal é que você vai vê-la brincando com outras... E elas, na brincadeira, aprendem a combinar o que desejam fazer com a areia, alimentam a imaginação com pedaços de madeira e pedrinhas que se transformam em temperos e guloseimas para refeições imaginárias. Vivenciam, na brincadeira, atitudes que os adultos fazem como a preparação dos alimentos, fingem que vão até o mercado para comprar os itens que precisam. E assim experimentam no faz de conta as situações que viverão quando crescerem. Estão aprendendo a entender o mundo e participar da sociedade que fazem parte. Nossa e isso só com uns baldinhos e areia, hem?

Pois é, mas não para por aí!

As crianças estão no balanço, no gira-gira, na gangorra...Além de sabermos que esses brinquedos contribuem para o desenvolvimento do tônus muscular, há muito mais aprendizagens sociais. Olhe só: eles precisam administrar a vontade de brincar em algo que já está ocupado e esperar a vez (quantas vezes precisamos fazer isso em nossa vida adulta?); se vêm na situação de ceder a vez ao perceberem que já estão a muito tempo no brinquedo e outro colega (aquele amigão) também quer ir; precisam convidar alguém para dividir a gangorra, já que ninguém brinca ali sozinho e com isso aprender a ouvir sim e não para os seus convites e não se desesperar com isso; precisam pensar e inventar soluções criativas para dividir uma balança, um espaço no trepa-trepa; eles enfrentam desafios de verem colegas mais ligeiros em certos brinquedos e não se frustar com isso e os mais ligeiros aprendem a respeitar o tempo de outro que gira mais devagar, mas que sobe mais alto e assim aprendem que as diferenças fazem parte da vida!

Acho que escreveria umas dez folhas para falar de tudo o que um simples parque oferece, mas paro por aqui e deixo os adultos que lêem esse blog com aquela saudadizinha de quando fazia tudo isso no parque.

Ou não se reprima e suba em uma boa balança, dê uma volta no gira-gira, hem?

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Reunindo parceiros...

Por Alessandra Monteiro
Professora do Terceiro Estágio Período Integral

Depois de dois meses de aula, a professora Lourdes e eu, convidamos os pais de nossas crianças para uma conversa. Esperamos passar o período de adaptação, esperamos conhecer melhor nossa turma, esperamos as crianças e os pais nos conhecerem.
Sentamos em uma roda, porque conversa boa é aquela em que todo mundo pode se olhar, ver as reações, participar ativamente.
Falamos para os pais do que sentimos durante esses dois meses e de como temos procedido com as crianças. Durante o período de adaptação percebemos muitas características de nossa turma e algumas vezes conversamos com os familiares (pessoalmente ou pela agenda) para comunicar os fatos ocorridos e para estabelecer parcerias que nos auxiliariam a ter maior produtividade com as crianças.
Algumas famílias estranharam o nosso hábito de manter contato com as famílias a cerca do que acontece dentro da escola. Nossa turma havia estudado anteriormente em uma creche onde as educadoras não tinham por hábito mantê-los informados assim.
Por isso, sentimos necessidade de esclarecer que nossa intenção com os comunicados e estabelecer a melhor relação que uma escola pode ter as famílias: a PARCERIA!
Que parceria melhor do que esta: duas instituições fortes e de grande peso social com um objetivo claro: o bem da criança que está sobre nossa responsabilidade.
A professora Lourdes e eu falamos e depois os pais se colocaram também, nos dizendo que não estavam acostumadas, mas que preferem assim, serem informadas, receberem notícias do que acontece e estabelecer um diálogo constante com a escola. Mesmo porque as crianças passam 8 horas na escola e estar informado é estar mais junto com o filho.
Saí da reunião com uma sensação deliciosa! Com o prazer de perceber que as minhas convicções podem ser aplicadas na prática, com calma, respeito e assim a família entra na escola, como deve ser!