terça-feira, 28 de outubro de 2008
sábado, 25 de outubro de 2008
Semana da Criança
Quem disse que a Semana da Criança é uma comemoração pura e simplesmente comercial, com o propósito de incitar nossas crianças em uma postura consumistas das mil novidades que a televisão e outras mídias divulgam sistematicamente, precisa repensar no papel da escola diante dessa realidade.
Nós pensamos e elaboramos uma Semana em que o principal atrativo era o divertimento: o direito da criança em ser criança, em brincar, ter acesso a cultura, dançar, rir e estar em um ambiente acolhedor e saudável.
Claro que no fim dessa maratona estávamos com a língua de fora, mas cada detalhe da preparação e da execução valeram a pena.
Mas, tudo é PLANEJAMENTO!!!
Pensamos na elaboração de uma semana diferenciada em agosto! Isso mesmo...voltamos do recesso e colocamos mãos à obra para garantir que as crianças entendessem os nossos propósitos, estivessem focadas nas ações que desenvolveríamos e aproveitassem ao máximo.
Com dez dias de antecedência avisamos aos pais, por meio de bilhete, sobre a nossa programção e solicitamos que ficassem atentos, já que a ajuda deles em preparar as crianças para cada evento seria essencial.
Desde agosto, começamos a arrecadar todo tipo de sucata e a vendê-la para arrecadar fundos a serem usados na preparação de um de nossos eventos: a balada.
A professora Rosângela, nossa dj, preparou um cd com as músicas que as crianças mais gostam, preparamos o refeitório da escola com luzes coloridas, máquina de fumaça, bexigas... Nossa, como eles dançaram! Aliás, como todos nós dançamos! Todo mundo apareceu para dar sua reboladinha: o pessoal da cozinha, da secretaria, da direção. Uma beleza!
Presente! Bem, as crianças ganharam sim uma lembrança da escola e o brinquedo que brilhava no escuro comprado com os recursos arrecadados com a venda da sucata, mas pode perguntar para eles sobre o que mais gostaram e ouviram eles comentarem sobre o dia do Teatro na escola, ou sobre nossa balada, ou sobre o desfile do ridículo...
Para nós, professoras, foi uma delícia...
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Semana das Crianças
Nossa comemoração acabou, mas podemos dizer que deixará saudades...
Nós liberamos nossa criança interior e aproveitamos todos os dias .
Foi muito bom nos divertirmos juntos!
Obrigada por fazerem parte de nossas vidas.
Beijos
Professoras Vivi, Alê, Rô, Simone, Fátima, Edna e Sandra
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Música na Educação Infantil
O trabalho com música na Educação Infantil não se restringe a ensinar musiquinhas gostosas de nossa época de infância, muito embora, as crianças gostem e se envolvam com as músicas que cantamos juntas e trazem sons onomatopaicos, referências a animais ou partes do corpo, por exemplo.
Mas, podemos e devemos ir muito além disso, embora não tenhamos formação musical.O que fazer então?Podemos investir, em uma atividade permanente, com a exploração de diferentes ritmos sendo acompanhados de chocalhos, batucadas usando latas vazias, palmas e outros alternativas.Assim, podemos acompanhar músicas, perceber a melodia, estudar o ritmo e acompanhá-lo com uma boa audição e momentos de atenção, cultura e lazer.
As aulas podem ser cheias de novidades, de estudos de ritmos, estilos e elementos musicais variados e ricos.
A família pode ser uma grande contribuidora, nos dando dicas de músicas e ritmos de sua terra natal e, tendo algum familiar que toque instrumentos, pode proporcionar ao grupo a audição e também um momento de tirar dúvidas e de conhecimento mais profundo sobre a Música e os instrumentos musicais.
Os passeios também enriquecem a experiência musical, como, por exemplo, uma visita a Sala São Paulo que tem uma programação voltada para as crianças, bastando entrar em contato, agendar e encher os olhos e os ouvidos com uma vivência única e especial. Estando atento é possível verificar e organizar passeios ao Memorial da América Latina que também tem uma programação rica e aos SESCs mais próximos que trazem musicais e oficinas especiais.
É claro que um passeio, para quem trabalha na rede pública, envolve não só a organização e o planejamento, mas também a locação do ônibus e alguns entraves financeiros, então, se não for possível enriquecer o trabalho com Música com esse tipo de experiência, cds e dvds fazem sua parte com sucesso!
http://http://asmilfacesdaeducacaoinfantil.blogspot.com/
A sala de jogos
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Quem lê um jornal, freqüentemente se depara com notícias do tipo:
O Planeta Terra está aquecendo, as geleiras estão derretendo, os rios contaminados matam peixes e intoxicam a população local, o buraco na camada de ozônio e os gases do efeito estufa preocupam os cientistas...
Essas e outras notícias, de tão exaustivamente batidas, acabam passando como qualquer outra, mas a questão é: até quando vamos ignorar um pedido de socorro do nosso planeta? Será que teremos que esperar a água de nossas casas acabar ou o calor se tornar insuportável? Devemos aguardar que as conseqüências batam a nossa porta para só então percebermos o quanto fomos inconseqüentes e irresponsáveis com o patrimônio natural que nos foi presenteado?Infelizmente, nós seres humanos, de uma forma geral, nos consideramos superiores a tudo e a todos que habitam o planeta. Essa pretensa superioridade não nos permite enxergar que somos tão dependentes da saúde do ambiente quanto um peixe é do oxigênio contido na água.
A tendência à superioridade, somada à ganância incondicional, nos tornaram as maiores ameaças à vida no planeta. Além de destruir a grande biodiversidade do planeta, seremos vítimas de nossos próprios erros e vamos sofrer fortemente as conseqüências.A falta de conscientização e respeito do ser humano contribui muito para a degradação ambiental acelerada. O desperdício e mal uso dos recursos naturais, o errado descarte de lixo e outros resíduos, o aumento de gases emitidos para a atmosfera e o desmatamento descontrolado são apenas exemplos de desenvolvimento insustentável.
Faça sua parte, o Planeta não pode mais esperar!
Denuncie o tráfico de animais –
Evite a contaminação da natureza –
Economize água - Não desperdice energia –
Não jogue lixo nas ruas
Ajude a diminuir a quantidade de lixo - Prefira sempre produtos feitos com material reciclado.Seja um educador ambiental – Transmita para as pessoas e crianças que você conhece a importância de preservar nosso meio ambiente.
Recicle!!!
Reciclar é, na verdade, separar para a reciclagem, pois os cidadãos comuns não reciclam (a não ser os artesãos de papel reciclado). A melhor alternativa para reciclar, contribuindo assim com um mundo mais limpo, é procurar uma entidade governamental, filantrópica ou uma cooperativa de catadores de lixo, que coletarão o lixo em sua casa Reciclando, a humanidade poupa os recursos naturais, economiza energia, reduz a poluição, gera empregos e deixa as cidades mais limpas e agradáveis.
Vamos fazer nossa parte!!!
Estamos coletando materiais para a reciclagem, de preferência latas de alumínio e jornais/revistas. Além de mostrar as crianças, a importância da reciclagem para nosso Planeta, vamos angariar fundos para a Semana das Crianças.
Vamos ser “educadores ambientais”!!!
Contamos com a colaboração de todos!!!
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Experiências com Movimento
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Nosso quadro de rotina
Professora do Terceiro Estágio Integral
Na última reunião de pais, pude contar um pouco do que fazemos diariamente em nossa escola e expliquei o quanto a rotina é importante para a criança se situar no espaço/tempo, para ter autonomia sobre suas ações, sentir-se segura quanto ao que vai lhe acontecer na escola, entre muitos outros benefícios.
Por estou colocando aqui o quadro de rotina do Terceiro Estágio no período que ficam das 7h às 11h.
Esse quadro é bem sucinto e não traz os detalhes das atividades. Em breve, escreverei sobre cada um desses momentos e as áreas de conhecimento que trabalhamos.
7h - Entrada: Canto, Oração do dia (ecumênica)
7h20 - Higiene e organização das crianças (entrega dos cadernos de recado à professora, guardar a mochila, ir ao banheiro)
7h30 - Lanche
8h - Sala de aula (sala 2)
9h - parque
9h45 - organizãção das crianças (limpar os tênis cheios de areia, lavar as mãos, banheiro, etc)
10h - Salas ambiente
(segunda-feira: Sala de vídeo
terça -feira: brinquedoteca
quarta-feira: sala 2
quinta-feira: quadra
sexta-feira: sala de leitura)
11h - Troca de professora.
E tudo isso passa rapidinho!
quarta-feira, 23 de julho de 2008
O retorno
Foram 15 dias de recesso e agora estamos de volta, alimentados pelo período de descanso que nos deixa com as pilhas recarregadas e pela saudade que sentimos das crianças e do trabalho que realizamos por opção.
Foi muito gostoso encontrar nossa escola com a reforma quase que concluída, toda colorida e pronta para receber nossas crianças com as condições que ela merece: um local agradável, bonito e voltado para as suas necessidades.
Ainda precisamos avançar em algumas questões na Escola Pública, mas, com certeza, estamos progredindo quando vemos as Escolas de Educação Infantil (pelo menos a que eu trabalho está assim) fisicamente bem estruturada.
Não sou mãe, mas, sem dúvida, se fosse, meu filho estudaria na EMEI!
Precisamos avançar quanto ao número de crianças por sala, pela simples razão de que gostaríamos de poder dedicar mais tempo para cada uma e com uma média de 35 alunos para cada professora, ainda é inviável, embora façamos muitos malabarismos.
No entanto, sou uma pessoa de fé e, portanto, sei que conseguiremos reverter o conceito negativo que a escola pública tristemente conquistou, mas que se livrará com profissionais bem formados e boas condições de trabalho!
Talvez esteja motivada por essa energia que o retorno após o recesso dá! Mas a esperança é um motivador incrível e delicioso de se viver!
sábado, 5 de julho de 2008
Festa Junina
terça-feira, 3 de junho de 2008
Os artistas em ação
Fazendo arte com areia!
Por: Alessandra Monteiro (Professora do Terceiro Estágio Integral)
E quem disse que a areia do nosso delicioso parque serve só para brincar? Que nada!
Na semana passada, repensamos o uso da areia e fizemos ARTE!
E foi assim: sentamos na quadra com folhas de papel, pincel e cola.
E desenhamos!
No começo parecia estranho porque a cola branca no papel branco não nos deixava ver exatamente o nosso desenho, mas logo pegamos areia do nosso parque e jogamos por cima da cola.
E tchan...tchan...tchan...tchan!
Os desenhos apareceram! Lindos! Cheios de criatividade! Abstratos, figurados, de todos os tipos!
Quem quiser ver está convidado, pois deixamos exposto no painel da nossa escola. Afinal, todo artista adora expor os seus trabalhos!
Todo igual, mas de um jeito diferente!
quinta-feira, 8 de maio de 2008
ESTUDANDO O CORPO HUMANO
Usamos a parte de cima da garrafa pet de dois litros, tinta plástica, papel kraft e cartolina colorida.
Pintamos a garrafa o mais bonito e colorido que cada um podia fazer.
Para fixar as partes do corpo na garrafa a Prô Rô usou cola quente.
Foi muito bom, brincar com o fantoche e desenvolver a linguagem, a expressão , observar e tomar consciência do nosso corpo: o que somos e podemos fazer .
Dia do índio
quinta-feira, 17 de abril de 2008
O brincar e a educação infantil
“E é por este motivo que a Educação Infantil é tão importante para o desenvolvimento de nossas crianças. Quanto menos pronto for o brinquedo, mais espaço para a criatividade se abre. Voa a imaginação e começa a se criar a realidade da vida. Precisamos dar a criança a oportunidade de buscar, fazê-la acreditar que tudo que desenvolvemos com amor e cuidado, volta para ela da mesma maneira.
A criança nesta idade pré escolar, começa a explorar o ambiente em que vive, passa por um processo de transformação para tornar-se independente. Tem vontade própria, não aceita mais o controle total sobre sua vida, quer fazer tudo sozinho e do seu jeito. Em outros momentos, pede a atenção de um adulto e não quer perdê-lo de vista. Se a tratarmos como bebê, estaremos freando seu desenvolvimento, já que se aprende com a experiência. Por outro lado, é necessário dizer “não” diante de algumas situações e fazê-la entender o por que. As crianças estão descobrindo o funcionamento do mundo, sendo necessário estabelecer limites possíveis de serem cumpridos e manter a coerência na cobrança dos mesmos. A autonomia no modo de pensar, de agir, de querer, entre outras coisas, é uma meta a ser alcançada. Imaginar que uma criança é capaz de pensar estrategicamente na relação entre ela e um adulto, e em função disso comportar-se de certo modo para ganhar domínio sobre a situação, é engano. O adulto sabe o que é melhor para criança em determinado momento e deve sustentar sua atitude e autoridade. Nunca deixá-la tomar conta da situação. Os pais devem impor limites e mostrar o que é certo e errado para seus filhos. Mostrar à eles que sempre terá um adulto perto para ajudá-los a resolver seus conflitos. Mostrar à eles o quanto é importante ser cuidadoso com tudo ao seu redor e que para conquistarmos algo devemos lutar por isso, mas não com agressões e prazer em destruir, mas sim com sabedoria. Nós, educadores e pais, precisamos nos unir para que nossas crianças possam ter um futuro digno e correto. Temos a obrigação de “fazê-las” melhor para um mundo melhor.”
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Encontrei o texto abaixo e após a leitura descobri que o mundo pode mudar para melhor! Como? Brincando!
Por que é tão importante brincar?
As crianças saudáveis não precisam aprender a brincar.Esta atividade é natural e é o maior desejo infantil. É tão comum ver uma crianças brincando que, se ela não o faz, achamos que ela possa estar triste e desinteressada, e pensamos que alguma coisa pode estar errada, ou que ela até esteja doente. O importante para poder desenvolver atividades lúdicas é ter contato com um ambiente que permita ao bebê se soltar livremente e confiar nos braços de um adulto. Isto acontece quando uma mãe intuitiva e tranqüila estabelece uma relação saudável, sensível e brincalhona com seu filho.
Este tipo de atividade aparece ao redor dos quatro meses de vida. Neste momento são produzidas mudanças no corpo do bebê, que facilitam a observação de seu contexto mais próximo. Ele começa a ser capaz de controlar alguns movimentos, coordena o deslocamento da visão e pode aproximar a sua mão até do objeto que havia focalizado. Até os dois anos, a brincadeira é uma atividade experimental e repetitiva, que tem como objetivo principal explorar as propriedades do mundo físico. É por isso que a criança toca, arrasta, sacode, alcança, bate, arremessa e recupera, esconde e volta a encontrar. Esta etapa permite exercitar e estabelecer as bases da conduta exploratória, tão fundamental para a vida futura.
A partir dos dois anos começa a se manifestar a “brincadeira simbólica” ou de representação. A criança imagina situações e objetos que na realidade não estão presentes, dando asas à imaginação. Quando três cadeiras se transformam em um ônibus e ela mesma é o motorista, está construindo, dentro do seu universo de ficção e com elementos mínimos, todo um mundo que na realidade não está ali. Diante da “brincadeira simbólica” a criança estimula sua imaginação e sua inteligência e, em conseqüência, sua capacidade de pensar.
A atividade lúdica é o único meio de aprender que as crianças possuem. A brincadeira permite que elas desenvolvam ações espontâneas e eficazes que enriquecem seu conhecimento, dando-lhes a possibilidade de encontrar novos caminhos, novas respostas e novas perguntas. Na brincadeira elas podem errar ao falar, e ao voltar a brincar em liberdade e sem pressões, aprender com o erro e assim desarmar juízos qualificatórios.
Por meio da brincadeira, a criança se incorpora no mundo da relação com os outros, primeiro com seus pais e mais tarde com seus pares. Brincar compreende as graduações emocionais diferentes que acompanham as relações humanas. Com a brincadeira, elas aprendem a conhecer umas às outras, aprendem a saber o que esperar de si mesmas, a se conhecer, a saber até onde podem chegar e em que circunstâncias. Tudo é configurado com a articulação do velho (o conhecido) e o novo (o imaginado), sob a marca da tranqüilidade emocional que proporciona a consciência de que isso “é somente uma brincadeira”. Constrói-se o conhecimento e a identidade pessoal e social. Pratica-se o mundo das intenções, os motivos, os interesses, os estados de ânimo e as expectativas dos outros. É a melhor forma de articular as iniciativas próprias com as intenções e os estados de ânimo dos outros.
Por outro lado, brincar é se livrar dos disfarces estabelecidos pela cultura e poder usar os que elas mesmas inventam. Brincar com o personagem que a criança viu, que causou impacto, fazer o que quer, resolver tal situação do jogo com uma lógica inédita e própria permitida dentro da brincadeira, talvez não tolerada na realidade externa.Na brincadeira tudo vale e essa é a sua maior riqueza. A liberdade de criar normas próprias e válidas para os que estão brincando, ainda que não tenha nada a ver com o permitido. A diversão, a transgressão, o sorriso, a mentira e a imaginação encontram via livre para se expressar. Brincar com o outro, se sentir aceito, tolerado, realizar fantasias, ter a oportunidade de ser o que quiser.
Através da atividade lúdica as crianças aprendem a administrar seus sentimentos: agressividade, angústia, medo, amor. Têm a possibilidade de reproduzir a realidade e transformá-la, segundo seus desejos e necessidades, liberando com eles tensões e angústias e dando alívio às situações que foram frustrantes e dolorosas. Enfrentar o novo e o desconhecido produz temor e ansiedade, mas por meio da brincadeira o sinistro se transforma em fantástico e o conflito é expulso. Por exemplo, se uma criança está para mudar de escola, poderá brincar com todas as emoções que isso desperta: será a vez da professora e o novo integrante do grupo, seus jogos preferidos passarão a representar seus companheiros, sentirá a necessidade de superproteger o recém-chegado, será admirado por sua capacidade de jogar bola, etc. Irá recriar a situação várias vezes até que possa processá-la e não sentir mais tanto medo.
Uma criança que não pode brincar será um adulto que não pode sentir,
se relacionar, criar e pensar.
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Filhos que manipulam os pais
Filhos que manipulam os pais
Mamães, papais, titias, vovós..........
no dia-a-dia da rotina escolar nos defrontamos com um grande problema, que é a falta de limites. Para esclarecer melhor esse tema registrarei logo abaixo um texto de Bruno Thadeu, retirado do Guia do bebê.
E não esqueçam que todos nós temos que falar a mesma linguagem com a nossa criança. Ela é uma linda semente, que vai crescer de acordo com os cuidados que vamos lhe oferecer...
Que chato dizer “não” para o meu filho. Certamente você já deve ter seguido essa linha de raciocínio pelo menos uma vez na vida. Mas saiba que esse “não”, futuramente, pode ser uma tacada certeira para o decorrer da relação pai e filho.
O problema mora justamente aí. Muitos pais acham que dizer sim ou aceitar tudo que as crianças pedem irá compensar a ausência enquanto trabalham fora. Ou simplesmente porque dizer sim é mais fácil, estão cansados para escutar as reclamações e choradeiras dos pequenos.
Aceitar tudo o que o querido de casa determina é a porta de entrada para uma má educação por parte dos pais. Quem alerta é a pedagoga Varuna Viotti.
“Na preocupação de não frustrar as crianças, de satisfazerem todos os seus desejos, os pais vão perdendo o domínio da disciplina familiar, que é o respeito básico para que a criança e mais tarde o adolescente e o jovem aceitem regras e normas na escola e na vida”, diz a profissional.
O reflexo disso é visto não tão somente dentro de casa, mas o falso autoritarismo da criança é transportado para o mundo externo, ou seja, à escola e também nas relações com outras crianças. É cada vez maior o número de queixas de professores em relação à indisciplina e à falta de limites de crianças, fruto de uma educação refém das normas e determinações do filho.
O novo dono da casa - Com apenas três anos de idade já é possível detectar traços de dominação no ambiente familiar. Na base do condicionamento, ela vai se acostumando a executar determinadas ações que nem sempre são aconselháveis para uma boa formação educacional.
E isso é ruim para a criança, pois, sem saber, terá enorme dificuldade de convivência com os demais. Inicialmente, pelos pais permitirem tudo, a criança tende a não se sentir amada. Excesso de tolerância pode significar indiferença e falta de amor.
Conseqüentemente, esse ambiente centralizador gera insegurança e até mesmo agressividade no comportamento infantil. Já em um ambiente estranho, a criança terá grandes dificuldades para agir, pois não será a “dona do pedaço”, fazendo com que a insegurança e a agressividade se transformem em autodefesa.
“Disciplinar os filhos faz parte do processo de amor dos pais e mesmo que a princípio eles reajam e não aceitem prontamente a disciplina, certamente no futuro irão reconhecer que foi esta disciplina que sedimentou tudo o que conseguem na vida”, informa Varuna Viotti.
A escola ocupa uma boa parte do tempo das crianças. Por conta disso, é fundamental ensiná-las a respeitar professores e amiguinhos. |
Não há como cuidar dos filhos “sob uma redoma” onde tudo é permitido. A sociedade vai cobrar limites e nem tudo que a criança quiser vai conseguir, assim sendo por toda a vida. Estabelecer limites e disciplina requer paciência e firmeza.
Os pais precisam entender que poupar o filho de situações difíceis, super protegendo-o, abrindo mão dos limites, é o primeiro passo para problemas mais sérios na adolescência.
Criança que cresce achando que tudo pode e que só terá coisas boas na vida terá mais propensão a ser seduzido por outros fatores que funcionam como “iscas” para fugir da realidade que encontrará, entre os quais a bebida e as drogas.
Portanto, pense duas mil vezes antes de dizer um “sim” ou “não”. Em breve, seu filho agradecerá por isso.
sábado, 5 de abril de 2008
Um lugar fantástico...o parque!!
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Reunindo parceiros...
Professora do Terceiro Estágio Período Integral
Depois de dois meses de aula, a professora Lourdes e eu, convidamos os pais de nossas crianças para uma conversa. Esperamos passar o período de adaptação, esperamos conhecer melhor nossa turma, esperamos as crianças e os pais nos conhecerem.
Sentamos em uma roda, porque conversa boa é aquela em que todo mundo pode se olhar, ver as reações, participar ativamente.
Falamos para os pais do que sentimos durante esses dois meses e de como temos procedido com as crianças. Durante o período de adaptação percebemos muitas características de nossa turma e algumas vezes conversamos com os familiares (pessoalmente ou pela agenda) para comunicar os fatos ocorridos e para estabelecer parcerias que nos auxiliariam a ter maior produtividade com as crianças.
Algumas famílias estranharam o nosso hábito de manter contato com as famílias a cerca do que acontece dentro da escola. Nossa turma havia estudado anteriormente em uma creche onde as educadoras não tinham por hábito mantê-los informados assim.
Por isso, sentimos necessidade de esclarecer que nossa intenção com os comunicados e estabelecer a melhor relação que uma escola pode ter as famílias: a PARCERIA!
Que parceria melhor do que esta: duas instituições fortes e de grande peso social com um objetivo claro: o bem da criança que está sobre nossa responsabilidade.
A professora Lourdes e eu falamos e depois os pais se colocaram também, nos dizendo que não estavam acostumadas, mas que preferem assim, serem informadas, receberem notícias do que acontece e estabelecer um diálogo constante com a escola. Mesmo porque as crianças passam 8 horas na escola e estar informado é estar mais junto com o filho.
Saí da reunião com uma sensação deliciosa! Com o prazer de perceber que as minhas convicções podem ser aplicadas na prática, com calma, respeito e assim a família entra na escola, como deve ser!
quinta-feira, 27 de março de 2008
Buscando Novos Rumos na Educação- Iniciando as "Salas Ambiente"
quinta-feira, 13 de março de 2008
O que sua criança faz na escola?
Vou contar para vocês um pouco do que fizemos durante esse primeiro mês na EMEI.
Imagino que todos gostariam de ser uma “mosquinha” para poder ver o que a sua criança faz durante o período que está aqui e, por isso, escrevo para lhes contar como estamos organizando nossa rotina:
Sua criança chega à escola às 7h e a recebo no pátio, onde acolhemos a todos, cantamos para afastar o sono e fazemos uma pequena oração pedindo que Deus cuide de nós.
Logo em seguida, sua criança toma o lanche e vamos para a nossa sala. Isso acontece por volta das 8h e, então, ela escuta uma história que escolhi especialmente para aquele dia. Leio todos os dias para às crianças.
Às 8h20, cada senta no lugar que escolheu e realizamos uma atividade de desenho, colagem , pintura, escrita ou matemática.Cada dia sua criança recebe uma proposta diferente de trabalho.
Às 9h horas vamos para o nosso querido parque. Todos gostam muito e brincam pra valer!
Voltamos do parque às 10h, sua criança faz a higiene e vamos para a sala comer uma fruta.
Depois das 10h, a cada dia sua criança faz uma atividade diferente que envolva movimento ou relaxamento: uma brincadeira de roda, histórias com fantoches, filme em DVD.
Às 11h me despeço deles para que possam realizar às atividades da tarde.
Foi assim que passamos esse primeiro mês, com a sua criança se adaptando à nova escola, a nova rotina, as novas professoras, ao ambiente.
Em breve nossa escola terá mudanças, pois estamos organizando salas ambiente, como a Brinquedoteca, a Sala de Leitura e a Sala de Vídeo e sua criança viverá outras situações de convívio e aprendizagem.
Todas essas informações e fotos dos seus filhos realizando as atividades estarão no nosso orkut (para quem autorizou) e no nosso blog. Espero que vocês acessem e participem do dia – a – dia da sua criança em nossa EMEI.
quarta-feira, 5 de março de 2008
Entre o que pensamos e o que fazemos...
Conforme ela me orientava e me abria os olhos sobre procedimentos que eu poderia ter adotado e não adotei, passava pela minha cabeça: mas como eu não fiz isso, como não aproveitei melhor o potencial da crianças, como não fiz exatamente o que havia me proposto e, que, no caso, era ampliar o repertório cultural do meu grupo? E o pior, como eu achava que estava alcançando meu propósito quando não estava?
A gente estuda, faz curso aqui, curso lá, lê, conversa com gente que nos acrescenta um monte de idéias, pensa a respeito de como elaborar e trabalhar bons projetos didáticos e sequencias de atividades, mas, na hora H, ainda temos dificuldade em transformar conhecimentos e ideais de educação em práticas enriquecedoras de sala de aula.
É claro que acredito que já avancei muito e sinto prazer em desenvolver atividades e projetos com características que chegam bem próximas àquilo que acredito em educação, mas ainda percebo muitos limitadores de minha própria construção como professora.
Medo, insegurança, falta de preparo? Bom, um misto de tudo. Medo porque sempre amedronta aquilo que é diferente do que vivemos e a Escola que eu estudei é bem diferente da Escola que eu trabalho. E Escola com letra maiúscula mesmo, no sentido de instituição.
A Escola tem sofrido muitas transformações e, mesmo correndo o risco de ser uma Poliana, acredito que muitas foram positivas. Digo pensando no histórico da Educação Brasileira, quando o acesso a educação formal estava totalmente restrita a pessoas muito abastadas. Bom, e hoje em dia? A escola não favorece quem é mais abastado? Sim, mas ela avançou no sentido de estender a todos. O passo seguinte é que sejam alcançados níveis de excelência no ensino sem diferenças gritantes entre níveis sociais. Mas, sendo otimista, penso que estamos caminhando (a que passos eu não vou julgar agora) e vivemos o ensino obrigatório a todos garantido pela legislação.
Finalmente, a educação começa a ser melhor discutida, alguns pressupostos questionados, outros paradigmas quebrados e o ensino, em breve, deixará de ser apenas legalmente obrigatório, mas qualitativamente eficiente. Espero!
Mas, mesmo assim, eu, professora, embora estude, embora aprecie minha profissão, embora queira evoluir, me vejo tendo posturas que gostaria de modificar, me prendo em modelos, penso em estratégias de ensino e procedimentos, mas atuo de maneira tradicional e arcaica.
O que precisamos fazer para modificar ações?
Mesmo sendo crítica comigo mesmo, o caminho talvez seja esse mesmo e, assim como a Educação de forma geral precise seguir certas trilhas para ser ao mesmo tempo universal e de qualidade, eu precise primeiro estar muito sedimentada em minhas convicções pedagógicas, precise testar e experimentar muitas situações em que perceba, no meio do processo (ou até no final) o que e como poderia fazer diferente e melhor.
Se a criança passa pela elaboração de diversas hipóteses de escrita para chegar na convencional, talvez eu deva admitir a mim mesma que preciso passar por etapas de hipóteses de "como ensinar bem" para chegar ao ideal que acredito.
Ninguém nasce pronto, não é mesmo!
O que tiro dessas reflexões é que cada vez mais acredito na Avaliação.
Eu não poderia ter momentos de crítica e reflexão se não tivesse instrumentos de avaliação que me permitissem perceber se a minha intenção didática foi alcançada, se as atividades foram pertinentes e enriquecedoras ou se eu apenas reproduzi um modelo e as crianças não avançaram tudo o que podiam. Avaliar é preciso! Refletir é preciso!Se rever é preciso! E a formação é essencial!
O período de adaptação
Tem várias formas porque tem muitos rostos:
*Os rostos dos pequenos que nunca frequentaram uma escola em suas vidinhas. Rostos que, às vezes, estão escondidos por trás das lágrimas que choram de medo do lugar estranho, das pessoas diferentes que nunca viu, da saudade da mamãe, da vovó ou de quem lhe cuidasse. Rostos de olhos curiosos, por vezes até um pouco arregalados com tantas novidades. Rostos de sobrancelhas franzidas e biquinhos desconfiados sobre todo aquele espaço e aquela gente circulando o tempo todo. Rostos sorridentes e cheios de expectativas perante o monte de coisas que poderão realizar.
* Os rostos das crianças que já conheciam a escola, mas que iniciam um novo ano, acompanhados de sorrisos alegres ao encontrarem com os velhos colegas, de olhos atentos as novidades que sempre aparecem, gestos de saudade pelo que viveram e sentiram no ano anterior, corações apertados da ansiedade do que o novo representa.
* Os rostos dos pais e mães que sentem a apreensão de deixar seus filhos em um lugar que não é bem a casa deles, embora digamos que a escola é nosso segundo lar, com pessoas que mal se conhece, se alimentando de comidas que eles não prepararam...Rostos de esperança de que seus filhos serão felizes durante as horas que passarem ali e que o que aprenderem será muito útil na vida futura.
* Os rostos dos professores ansiosos pela sua nova turma que chega, curiosos em ver as "carinhas" que estarão presentes em seu dia-a-dia durante um ano inteiro, apreensivos quanto a grande responsabilidade que é educar e cuidar dos filhos de outras pessoas que lhe confiaram essa tarefa.
* Rostos de todos que passam seu dia em volta das crianças, trabalhando por elas e para elas, cheios de expectativas, voontades, medos, superações...
E todos esses rostos que passam na escola, desde o seu primeiro dia, durante o período de adaptação e, depois, o ano todo, traduzem essa miscelânia de sentimentos que nos acompanha e que nos ajuda a viver o cotidiano da escola como um lugar especial, onde o profissional da educação e aquele que é atendido tem um objetivo muito grande a ser alcançado: ajudar nossas crianças a serem um pouco mais felizes!
http://milfacesdaeducacao.zip.net/
Uma sala de Educação Infantil
http://milfacesdaeducacao.zip.net
Uma sala de educação infantil pode ser muitas coisas em um mesmo dia, pode ser tudo o que a sua imaginação, criatividade, boa vontade, conhecimento e desejo permitir!
Pode começar o dia sendo uma grande sala de bate papo. Sim, digo grande, porque as EMEIS de São Paulo tem, em média,35 crianças e, portanto, papo é o que não falta. Não falta papo, não falta assunto, não faltam momentos de intervenção do professor, não faltam concordâncias, discordâncias, conflitos, soluções, trocas, respeito a fala do outro... Falta, às vezes, condição para que todos fiquem bem acomodados, confortáveis! É isso falta, mas o prazer da conversa é tão grande que a gente esquece um pouco do chão duro e de não dar pra se esparrar todo.
Na sala de educação infantil também há metamorfoses. Momentos em que nos inspiramos em Ralu Seixas e nos transformamos em outras pessoas ao lermos histórias e assumirmos as caras e bocas dos personagens de nossos livros. Nessa hora, não falta mesmo é o prazer da leitura compartilhada, dos olhos brilhando, da ansiedade em saber o que vai acontecer.
E, de repente, não mais do que de repente, a sala de aula, que já foi sala de bate-papo e sala de leitura, vira um atelie. E lá se vão pranchas de artistas para serem apreciadas, tintas, pincéis, godês, panos, colas, tesouras, papéis diversos... Quem passa na porta e vê pode até pensar que está uma bagunça, mas não está. O que se tem são muitos corpinhos se movendo na busca pelo material que vai fazer os muitos pensamentos das cabecinhas se tornarem um tela, uma colagem, um desenho, uma escultura.
E não para por aí, porque o atelie se transforma em uma exposição, porque afinal todos podem e devem compartilhar o que fizeram, comentar, discutir, apreciar a obra do outro, pensar no que e em como foram trabalhadas as idéias e os materiais.
E novas transformações vão ocorrendo a cada dia, a cada hora. E o espaço se transforma junto. Acompanha as necessidades das crianças e as intenções didáticas da professora.
Necessidades que precisam ser atendidas. Como a criança que vive num mundo letrado e está ansiosa para usar os códigos precisa de momentos em que a sala vira um laboratório de escrita, onde ela vai experimentar, testar e avançar em suas hipóteses com o apoio e as interferências da professora, com material didático enriquecedor.
Por isso, eu, como professora de Educação Infantil a tantos anos, só posso dizer que seja em Creche, seja em EMEI, seja em uma Escola Particular, as salas de educação tem uma varinha mágica que a transforma para nós e para as nossas crianças naquilo que quisermos.